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Instituto Lira veste o Recife de arte popular

Uma coleção de 5 mil peças que retratam a arte popular à disposição do público, no coração de Casa Forte. O Instituto Lira está começando a nascer. Planejado há anos pelo arquiteto Carlos Augusto Lira, vai mostrar aos poucos, em exposições distintas, o acervo adquirido em mais de 40 anos de viagens mundo a fora.

A casa – que já abriga o escritório de arquitetura há alguns anos – deverá abrir as portas com a nova proposta em agosto, trazendo 500 obras de arte popular escolhidas pelo idealizador do espaço. “Tudo passou por mim. Desde a reforma da casa, à escolha das peças, a curadoria, os recursos. Tenho essa ideia há muitos anos. O ex-governador Eduardo Campos dividia comigo o sonho de fazermos um museu, mas não conseguimos colocar em prática. Essa coleção é de grande importância para a cultura pernambucana e merece ser conhecida, para que tenha o devido respeito”, diz o arquiteto.

 

(Foto: ICAL)

 

Como o local é relativamente pequeno para o volume de peças, Carlos pretende organizar grupos para as visitações. “Com 50 pessoas, no máximo, por vez. Assim não comprometemos o fluxo e o aproveitamento das visitas. De tempos em tempos vamos mudando o acervo”, explica.

A coleção teve início nos anos de 1970. Ele ia comprando e guardando, despertando a curiosidade dos amigos, que iam até a sua casa para conhecer as obras. Em 2011 foi feita a catalogação. Mas esse amor pela arte popular vem da infância.

 

(Foto: ICAL)

 

Nuca, Galdino, Mestre Vitalino, Ana das Carrancas, Véio e Luzia Dantas (entre outros grandes da arte popular brasileira) dividem espaço com peças colhidas pelo mundo. Atualmente, das mais de 5 mil peças, 4.500 estão guardadas na Reserva Técnica, no bairro dos Torrões, no Recife.

 

Por Germana Telles | Revista Sim

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